setembro 19, 2016

Resenha: As Mil Noites - E. K. Johnston

    Helloo, pessoas... Hoje eu venho trazer para vocês a resenha de um livro que eu estava bastante curiosa para conferir e tinha algumas expectativas. Eu estou  nesse vício de entrar no goodreads toda hora para saber tudo que é novidade e vi duas resenhas positivas das reviwers que mais curto e acompanho e decidi que queria ler essa obra também, afinal, eu queria algo diferente, pois tinha começado ler A Fúria e a Aurora há algum tempo e acabei largando porque não queria ler algo que já ouvira tantas e tantas vezes. As Mil Noites pelo menos tem uma proposta diferente e original.
As mil noites | Autor: E. K. Johnston | Ano: 2016 
Páginas: 320 | Editora: Intrínseca | Lido em: Setembro de 2016
Clássico da literatura universal, as histórias de As mil e uma noites estão no imaginário de todos — do Oriente ao Ocidente. É impossível que alguém nunca tenha ouvido falar sobre Ali Babá e seus quarenta ladrões, ou sobre Aladim e o gênio da lâmpada. Ou sobre Sherazade, a mulher sagaz e inteligente que se casou com um homem cruel, e, por mil e uma noites, driblou a morte narrando contos de amor e ódio, medo e paixão, capazes de dobrar até mesmo um rei. Em As mil noites, a história se repete, mas com algumas diferenças… Quando Lo-Melkhiin chega àquela aldeia — após ter matado trezentas noivas —, a garota sabe que o rei desejará desposar a menina mais bela: sua irmã. Desesperada para salvar a irmã da morte certa, ela faz de tudo para ser levada para o palácio em seu lugar. A corte de Lo-Melkhiin é um local perigoso e cheio de beleza: intricadas estátuas com olhos assombrados habitam os jardins e fios da mais fina seda são usados para tecer vestidos elegantes. Mas a morte está à espreita, e ela olha para tudo como se fosse a última vez. Porém, uma estranha magia parece fluir entre a garota e o rei, e noite após noite Lo-Melkhiin vai até seu quarto para ouvir suas histórias; e dia após dia, ela continua viva. Encontrando poder nas histórias que conta todas as noites, suas palavras parecem ganhar vida própria. Coisas pequenas, a princípio: um vestido de seu lar, uma visão de sua irmã. Logo, ela sonha com uma magia muito mais terrível, poderosa o suficiente para salvar um rei...


Somos mais fortes, mais resistentes e mais adaptados à vida. Porém, passamos por algumas dificuldades quando chegamos aqui. Os humanos eram muitos, e nós, poucos. Não os compreendíamos, nem eles a nós, e éramos temidos por isso.
    O pai de Lo-Melkhiin foi um rei relapso que não cuidou bem de seu povo. Devido a isso as relações comercias, as pequenas regiões onde as caravanas viviam foram negligenciadas e o reino ia de mal a pior. Mas quando o rei morreu e Lo-Melkiin subiu ao poder tudo mudou e o reino passou a prosperar.
   Por isso os homens de famílias das aldeias não temiam quando o novo rei ia para seus assentamentos buscar um bela moça para se casar. Eles sabiam que suas filhas morreriam, mas esse era um infortúnio, um preço menor pelo qual pagar devido a prosperidade que agora viviam.
    Mas Lo-Melkiin nem sempre fora assim. Depois de voltar de uma caçada transformado, as pessoas acreditaram que Lo-Melkhiin fora possuído por um demônio. Mas ninguém fazia nada a respeito.
Mas essas coisas nunca foram o sufi ciente para mim. Eu ansiava por mais. Certo dia, no deserto, um caçador que havia se afastado de sua guarda cruzou meu caminho. E eu tomei. Eu tomei.
    Eu estava esperando muito mais desse livro. Confesso que quando iniciei a leitura estava bastante empolgada e gostando de verdade empolgada com tantas coisas diferentes acontecendo. Então até agora não sei dizer se a minha avidez esmoreceu ou se a estória deixou de me interessar, porque eu tenho esse problema de que se não ler logo eu enjoo do livro e dos personagens – mesmo que eu só tenha demorado dois ou três dias para ler – e por isso fiquei sem saber qual nota atribuir.
    Uma coisa que vocês precisam entender é que esse livro não é um re-telling e sim é uma recriação do clássico a partir da imaginação da autora. A E.K. escreveu sobre coisas que ela imaginou que possivelmente poderiam ter acontecido segundo a veia do clássico As Mil e Uma Noites.
    Tenha em vista que essa é uma história diferente, onde o ponto chave de tudo é o qasr com seus monumentos e esculturas tenebrosos e um rei que voltou mudado de uma caçada longa no deserto.        Preciso aplaudir a autora porque soube bem ambientar toda a história que vai da vida no deserto, das caravanas e as crenças daquele povo. Acredito que foi retratado mais a parte antes daquela parte do Oriente Médio ter se tornado um grande império que conquistou da Espanha até parte da Índia em tempos remotos. Outra curiosidade para mim foi como a chuva era recebida por aquele povo.
Lo-Melkhiin matou trezentas garotas antes de chegar à minha aldeia em busca de uma esposa. Aquela que ele escolhesse seria uma heroína. Ela permitiria que todas as outras vivessem. Lo-Melkhiin não voltaria à mesma aldeia até se casar com uma garota de cada acampamento, aldeia ou distrito dentro dos muros da cidade, porque essa era a lei, por mais desesperadora que fosse. Aquela que ele escolhesse daria esperança de um futuro, de amor, para as que fi cassem para trás.
    Não sei se muitos conhecem a mitologia árabe, eu, porque estou escrevendo um livro nesse cunho, estou estudando um monte de coisas e confesso que se não conhecesse a cultura eu não saberia o que se passou com o rei. E a magia que existe entre a rainha e o rei que é forte para mim não teria sentido – quer dizer, você não precisa saber disso ao fazer a leitura porque é bem entendível que ele foi possuído por um demônio e as faces brandas e carinhosas de um bom ilho e governante haviam sumido. Mas como gosto de chegar a fundo em tudo, mesmo que seja uma fantasia, eu queria encontrar algum tipo de realidade e clareza nas coisas, explicações.
    Lo-Melkhiin foi possuído por um demônio. Isso não é spoiler. O que não diz na estória é que ele foi possuído por um ifrit e por isso vem se casando com várias mulheres do seu reino e as matando. Até aí é coerente com a estória original, depois segue uma vertente totalmente diferente e eu gostei muito disso. Porque podemos ver ângulos diferentes do que poderia ter acontecido.  
   O livro tem 320 páginas, mas ainda assim achei que foi leve e curto. Como é escrito em primeira pessoa fica mais rápido de ler e os capítulos são fáceis e tem sempre um gancho no final que te impulsiona a querer virar as páginas sem parar.
     A obra tem sua própria magia, suas próprias histórias; não pense em encontrar nada tipo, Ali Babá ou as estórias que estão acostumados.
    Uma coisa que só vim notar agora fazendo essa resenha é que os personagens não tem nome a não ser o rei. Achei algo singular e próprio. Você nem percebe nada durante a leitura, parece natural. Quer dizer, houve um momento que eu pensei: qual o nome da personagem mesmo que não lembro? E achei que tinha visto, mas esquecido e acabei deixando de lado completamente.
Quando os anciões da aldeia viram o brilho das armaduras de bronze em meio à nuvem de areia e ouviram o galopar acelerado dos cavalos sob o sol, quando o vento balançou a trança de minha irmã e soltou alguns fi os, como se também temesse perdê-la, eu já tinha um plano.
   Não pense em encontrar um romance tipo: what the hell que arrebatador. Esse não é o foco, e sim a essência da família naquelas aldeias, o companheirismo, a magia sublime, a luta contra os demônios e a salvação. O livro é divido em cinco partes e o início de cada parte há um tipo de prólogo que te deixa bastante curioso a ponto de formar diversas hipóteses sobre o que está acontecendo e qual será o rumo da estória.

   A minha crítica realmente negativa foi quanto ao final. Achei que foi muito corrido e que faltou alguma coisa. Mas como um todo As Mil Noites é um livro original apesar da premissa e que pode desagradar quem está esperando uma estória como A Fúria e a Aurora ou um re-telling de As Mil e uma Noites. Vá com a mente aberta que você vai gostar e curtir mais a leitura. Há um lição importante no livro que você precisa descobrir.
Bem, por é hoje é só, people!
XO XO

11 comentários:

  1. Oi, Alana!
    Miga, eu tenho de entrar no VGA: viciados em goodreads anônimos. Todo santo dia eu entro atrás de coisas novas. Eu nem acompanho tanto mais os lançamentos aqui do Brasil.
    Enfim... Eu tentei ler o original de As Mil e Uma Noites nos primórdios da vida, mas acabei desistindo. Achei cansativo demais. Quem sabe não dou uma chance a esse livro?
    Beijos
    Balaio de Babados
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    Participe da promoção 1 Ano de Estilhaçando Livros

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  2. Eu não sei bulhufas de mitologia árabe, nunca ouvi falar nadica sobre ela, e agora fiquei mesmo curiosa pra saber mais! Que pena que no final a obra foi um livro mediano, né?
    Te perguntar, o que você achou de A fúria e a autora pra ter te feito largar? Eu tenho relutado pra ler, porque tenho a impressão de ser mais do mesmo, algo não me desperta a curiosidade, mas só tenho visto resenhas positivas a respeito, e aí me sinto quase obrigada a conferir se é tão bom assim.

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br/

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  3. Oi Alana,

    Eu gosto muito do livro Das mil e uma noites, tanto que demorei décadas pra ler o primeiro volume só apreciando as notas de tradução rsrsrs Acho que a pegada de A fúria e Aurora é bem diferente, parece que a autora pega só uma base do clássico. De qualquer forma, este parece ser bem interessante tb. Adicionado na lista de leituras!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

    O que tem na nossa estante: Sorteio par de ingressos Bruxa de Blair

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  4. Oii Alana

    Eu estava realmente empolgada pra ler esse livro, pq amo retellings, readaptações e principalmente se for se tratando de contos árabes. Porém, tem vários "mas" que me deixam com o pé atrás. Não ligo sinceramente pra falta de um romance, mas me canso rápido com livros excessivamente descritivos e o fato de que não superou as suas expectativas me faz sentir lá no fundinho da minha intuição que talvez é melhor focar em outras leituras e deixar esse livro pra lá... pelo menos por enquanto

    Beijos

    unbloglitteraire.blogspot.com.ar

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  5. Estou doidinha pra ler A fúria e a Aurora! Uma pena que você não tenha curtido a leitura.
    Não conhecia esse livro aqui ainda, mas acho que eu gostaria em especial por não ter um romance arrebatador hahaha não sou muito fã de romances.
    Se bem que o ponto sobre o final realmente é chato. Muito ruim quando o final é corrido e pouco desenvolvido :(

    Beijos,
    Kemmy|Duas leitoras

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  6. Oi Alana!
    Na maioria das vezes eu torço o nariz para essas adaptações, mas essa parece ser bem interessante porque a cultura é muito rica, né? Aliás, sua pesquisa deve estar sendo deliciosa de fazer. Pena que o livro te decepcionou um pouco.
    PS: Também sou dessas que perde o envolvimento com o livro quando demora para ler. Não digo que eu enjoo dos personagens, mas me desligo.
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

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  7. Oi Alana,

    Fiquei curiosa para saber o final da história rsrs

    Sei pouco sobre a cultura arabe (mais sobre os habitos de tecelagem na verdade). Acho que poderia ser uma boa fonte.

    Beijos

    https://tear-de-informacoes.blogspot.com.br/

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  8. Olá, Alana.
    Eu gosto de releituras e fico feliz que essa tenha mudado bastante as coisas. Para ser igual, não precisa de um novo livro. Simples assim. haha
    Interessante da obra, apesar de seus problemas, é a parte cultural. Gosto bastante da cultura árabe.
    Ótima dica.

    Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de setembro. Serão três vencedores, cada um ganhando dois livros.

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  9. Olá, Alana.
    Eu amo releituras, só não gosto quando encarnam em uma história dai saem mil parecidas. A moda antes era Alice, agora parece ser As mil e uma noites. Eu não conhecia esse livro ainda e me interessei principalmente para conhecer mais sobre a cultura e as crenças. Acho que nunca li um livro que os personagens não tivesse nome. Só lembro do A de Todo Dia hehe.

    Blog Prefácio

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  10. Oie Alana =)

    Eu estou bem curiosa para ler esse livro. Mas o problema é que parece que quando uma editora lança um estilo, surge mil livro iguais e acabo ficando com a sensação que estou lendo a mesma coisa.

    Adoro essa temática que nos apresenta uma cultura e crenças diferentes da nossa. Mas vou esperar um tempo para embarcar nessa leitura ^^

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
    @mydearlibrary

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  11. Oi
    parece ser interessante apesar de não ser o que esperava mais acho que leria porque chamou minha atenção, comecei a ler os 100 primeiros capítulos do seu livro e achei bem criativos os nomes.

    momentocrivelli.blogspot.com

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