fevereiro 14, 2019

Indicando #3 - HQs

     Hi, folks... tudo numa nice?!
   Então esses dias andei pensando bastante sobre indicação de HQs que foi o que andei lendo bastante em janeiro e outros meses atrás. E optei por trazer a indicação de HQs com histórias que são profundas, inquietantes e muito importantes no que diz respeito a história do mundo e conhecimento da vida.
Nas tiras, os judeus são desenhados como ratos e os nazistas ganham feições de gatos; poloneses não-judeus são porcos e americanos, cachorros. Esse recurso, aliado à ausência de cor dos quadrinhos, reflete o espírito do livro - trata-se de um relato incisivo e perturbador, que evidencia a brutalidade da catástrofe do Holocausto. Spiegelman, porém, evita o sentimentalismo e interrompe algumas vezes a narrativa para dar espaço a dúvidas e inquietações. É implacável com o protagonista, seu próprio pai, retratado como valoroso e destemido, mas também como sovina, racista e mesquinho.

      Descobri essa HQ através da minha irmã que precisava ler para fazer um resumo para a escola. Como sou curiosíssima fui investigar e me deparei com uma história muito forte que trata sobre o sofrimento dos judeus e o que eles foram levados a passar durante o cerco na Polônia. Eu era muito leiga quanto a questão sobre os logradouros onde os judeus padeceram e a partir de estudos ao longo do ano passado consegui ter uma ideia mais abrangente. Acho que esse livro é importante por uma série de motivos, mas a principal é o reconhecimento e a crítica que ele traz. Maus significa ratos do alemão e é exatamente dessa forma que as personagens da obra vivem, como ratos.
      É assustador a realidade exposta na HQ, que traz uma mensagem muito forte sobre como os judeus eram tratados. Houve momentos que precisei me segurar para não chorar e parar a leitura, agoniada com a leitura. Maus é uma história real e não serve apenas para chocar e sim para mostrar a verdade também. É uma HQ forte e inquietante, mas que eu recomendo muito.
Joe Sacco mais uma vez retorna até Sarajevo. E, ao contrário do que a imprensa diz, a situação não melhorou muito desde a queda de Milosevic. E dessa vez Sacco precisa de um guia; trata-se de Neven que Sacco havia conhecido em 1995 em um hotel. Naquele tempo, o cerco sérvio havia diminuído em Sarajevo, mas o medo de ataques era constante. Neven ajuda Sacco a conversar com as pessoas da cidade mas por outro lado, Sacco é importante para Neven, que não consegue mais empregos como guia, já que a imprensa se desinteressou pela região. Ao contrário de suas outras obras, onde o foco estava em várias pessoas, em "Uma História de Sarajevo", o fio condutor é Neven, um sujeito a beira da loucura e um tanto explorador, personificando muito daquela cidade destruída física e moralmente pela guerra. Todas as nuances do conflito, fornecida pela multifacetada origem étnica e religiosa da cidade, encontram um catalisador em Neven, que se juntara ao exército iugoslavo como franco-atirador, adquirindo preconceitos e opiniões que colocam o leitor a par da complexidade que envolve aquela pequena região do planeta.
     Esta é uma HQ completamente diferente da anterior e certamente é pesada e assustadora. Sarajevo trata da guerra entre os sérvios e os bósnios que também se incluíram na problemática da guerra. As guerras nos Bálcãs, na parte da Europa Central sempre foi complicada, antes da primeira da primeira guerra aquela parte era um barril de pólvora. Na verdade, foi depois do atentado de Sarajevo que foi o "estopim" da primeira guerra. Esse livro traz o depois, o depois da primeira guerra e tantas outras naquelas bandas. É uma história um pouco mais específica e mesmo assim tão quanto instigante que nos faz seguir um narrador que conta histórias de guerra.
    A partir dela dá para percebemos como as pessoas podem ser sanguinárias e como o coração do ser humano pode ser assustado e corrupto, desesperadamente sanguinário. As cenas são mais explícitas e fortes, mas é uma HQ muito interessante de se conferir.
Bem, folks... por hoje é só.
XO XO

2 comentários:

  1. Olá, Alana.
    Não sou muito de ler HQs, mas achei essas que você mostrou na postagem bem interessantes. Nunca tinha visto falar sobre elas e acho que leria. Mesmo com temas mais pesados como essas.

    Prefácio

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  2. Oi, Alana!
    Eu queria muito gostar de HQs, mas infelizmente eu não consigo me envolver na história porque passa muito rápido.
    Beijos
    Balaio de Babados

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