O Ceifador - Scythe # 1 | Autor: Neal Shusterman | Ano: 2017
Páginas: 448 | Editora: Seguinte | Lido em: Julho de 2017
Primeiro mandamento: matarás.
A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade. Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais, podem colocar a própria vida em risco.
Hello, folks... tudo numa
nice?
Hoje nós vamos conversar sobre O ceifador, livro de Neal
Shusterman. Eu nunca li nada desse autor apesar de sempre ter sentido vontade
de ler Fragmentados. Então quando a oportunidade de ler esse livro primeiro
surgiu, decidi começar por esse. Não tenho certeza se foi completamente
satisfatório – de qualquer forma me arriscarei em seu outro livro apenas porque
sou curiosa e quero entender o burburinho que muita gente fez lá em 2015.
Então vamos lá.
O ser
humano venceu a barreira da morte, mas para manter o equilíbrio e o balanço da
vida em sociedade, os ceifadores, uma organização que tem como primeiro
mandamento: matarás, são os únicos que podem e devem tirar uma vida para que o
crescimento populacional não ultrapasse o limite.
Citra e
Rowan foram escolhidos como aprendizes do Ceifador Faraday e devem dominar a
arte da coleta: precisam aprender a matar. Mas se a cumplicidade entre eles
afetar seus objetivos e por fim falharem em sua missão, Citra e Rowan estarão
colocando suas vidas, e tudo como conhecem em sociedade, em perigo.
Eu realmente
gostei da estória do Ceifador, achei original e intrigante um futuro onde
ninguém morre e é necessário que um ceifador precise tirar a vida de alguém
para que aja o balanceamento de vida na sociedade. Confesso que não fez muito
sentido para mim que as pessoas precisassem morrer para haver o balanço. Se era
para ser assim, era melhor não terem inventado a cura para a morte. Mas anyway,
se a ideia não fosse inventada não haveria a estória do livro e tudo o mais.
A função não deve ser concedida aos que a desejam. São aqueles que mais se recusam a matar que devem exercê-la.
Algumas
coisas nesse livro me incomodaram. Não foi o que eu esperava, mas foi bom e eu
curti apesar dos problemas que apresentarei abaixo.
Talvez
meus personagens preferidos sejam Faraday e Rowan. O ceifador tem um
conhecimento de sábio e uma realidade intrigante que me fascinou e rapidamente
me afeiçoei a ele. Rowan de igual forma me conquistou com seu comportamento
altruísta e sarcástico, muitas outras vezes até mesmo arriscado e imprevisível.
O
romance que parece ser inevitável desde a sinopse do livro não foi muito
crível. Não existe insta love o que é ótimo, mas por ter demorado tanto e tantas coisas terem
acontecido, a situação romântica entre os dois protagonistas pareceu sem sal e
sem a real intensidade que poderia ter. Soou apenas como se um romance tivesse
sido estabelecido e que precisaria ser concretizado apesar da ideia de
proibição que existe entre os Ceifadores – visto que eles não podem se
apaixonar ou se envolver romanticamente. Achei que o romance deveria ser melhor
explorado, se o autor quisesse usar esse subterfúgio como usou em algumas
situações do livro.
Algo
que achei interessante sobre esse livro é o mundo dentro do mundo. Conhecemos
um mundo completamente novo onde as pessoas não morrem e dentro deste mesmo
mundo há uma sociedade complexa com um sistema preestabelecido. A Ceifa. O
mundo dos ceifadores. Com suas regras e mandamentos, com seus códigos e suas
histórias assustadoras, de morte e de erros.
Temo por todos nós se os ceifadores começarem a amar o que fazem.
O livro
é narrado por dois protagonistas e cada capítulo introduz um diário escrito de
algum ceifador ou algum código sobre a realidade de vida deles. Isso deixou a
leitura um pouco lenta para mim e não curti essa parte, pois alguns escritos
não pareciam fazer diferença alguma no decorrer da estória.
Há uma
sociedade maligna de ceifadores que matam por prazer e que querem mudar o curso
do mundo e destruir os mandamentos que mantém essa sociedade unida. Os vilões
são muito vilões e eu gostei disso, porque soou mais crível. O final foi
excelente e talvez previsível, mas não deixou de ser grandioso e não me deixou
menos curiosa pela sequência do livro. O Rowan é um dos meus personagens
favoritos do ano – junto com August de A Melodia Feroz. O crescimento dele durante
a narrativa realmente me impressionou e a obscuridade que passou a crescer nele
a partir de algumas decisões que tomou realmente me fizeram enternecer por ele.
Eu
realmente gostei da estória, mas alguns aspectos me incomodaram e algumas
situações não foram críveis o suficiente para mim. Realmente recomendo a
leitura, pois esses problemas que apresentei aqui podem não incomodar alguns
leitores e podem até mesmo passar despercebido. A maioria das pessoas gostou e
recomendam.
Por hoje é só, folks. E então, já leram alguma coisa desse
autor? Já leram O Ceifador? O que acharam da estória?
Nota: 3,8/5
XO XO
*Créditos da Imagem: Paradise Books
Oi, Alana!
ResponderExcluirO bom é que você curtiu o livro hahaha Eu amei (sou suspeita porque amo tanta coisa)
Rowan também foi meu preferido, junto com Faraday.
Beijos
Balaio de Babados
Participe do sorteio de aniversário do Balaio de Babados e O que tem na nossa estante
Sim, sim!! Eu quase tive um treco naquela cena do Faraday. Gostei dele tanto, tanto. :) O Rowan também ganhou meu coraçãozinho.
ExcluirNão conhecia o livro, mas não me parece o género de leitura que eu goste! =)
ResponderExcluirMRS. MARGOT
Oi, Alana!
ResponderExcluirQuero muito ler esse livro! Que pena que ele te decepcionou um pouco. Realmente muito ruim quando o autor não desenvolve o romance tão bem... Mas achei muito criativa a premissa do livro e quero conhecer para tirar minhas próprias conclusões.
Beijos,
Isa
http://viciadas-em-livros.blogspot.com.br/
Sim, sim. Ele me incomodou em certas partes, na verdade. Mas eu realmente gostei. A premissa é realmente criativa. Recomendo que leia para tirar suas próprias conclusões.
ExcluirBeijin...
Olá, Alana.
ResponderExcluirEu comprei esse livro e pretendo ler ainda esse mês. E espero gostar como gostei de Fragmentados. Gostei de ler sua opinião e entendo sua ressalvas. Mas acho que sou um pouco menos exigente que você em livros do gênero e acho que essas coisas não irão e incomodar. Pelo menos espero que não hehe.
Prefácio
Sim, Sil. Eu sou meio chatinha as vezes. Mas eu gostei bastante do livro e achei que não seria justo dar uma nota igual a outros livros que gostei mais e que quase não tive ressalvas. É realmente uma boa leitura e eu sinto saudade do Rowan! *-*
ExcluirTo querendo ler esse livro! Aaaaaa ♥
ResponderExcluirAdorei o blog, parabéns pelo trabalho.
www.freakandcreepy.com