Aos Perdidos, Com Amor | Cartas, segredos e um encontro arrebatador
Autor: Brigid Kemmerer | Ano: 2017 | Editora: Plataforma21 | Lido em: Fevereiro de 2018
Juliet Young sempre escreveu cartas para sua mãe. Mesmo depois da morte dela, continua escrevendo – e as deixa no cemitério. É a única coisa que tem ajudado a jovem a não se perder de si mesma. Já Declan Murphy é o típico rebelde. O cara da escola de quem sempre desconfiam que fará algo errado, ou até ilegal. O que poucos sabem é que, apesar da aparência durona, ele se sente perdido. Enquanto cumpre pena prestando serviço comunitário no cemitério local, vive assombrado por fantasmas do passado. Um dia, Declan encontra uma carta anônima em um túmulo e reconhece a dor presente nela. Assim, começa a se corresponder com uma desconhecida... exceto por um detalhe: Juliet e Declan não são completos desconhecidos um do outro. Eles estudam na mesma escola, porém são tão diferentes que sempre se repeliram. E agora, sem saber, trocam os segredos mais íntimos. Mas, aos poucos, a vida real começa a interferir no universo particular das confidências. E isso pode separá-los ou uni-los para sempre. Entre cartas, e-mails e relatos, Brigid Kemmerer constrói uma trama intensa, repleta de descobertas e narrada sob o ponto de vista dos dois personagens. Uma história de amor moderna de arrebatar o coração.
Esse é o melhor YA que li em muito tempo.
Juliet escrevia cartas para sua mãe, mesmo depois que ela partiu continuou a escrever e deixá-las em seu túmulo. E ela vivia por esse hábito, se alimentando do refúgio que escrever para ela lhe dava. Até que alguém encontra sua carta, lê e a responde.
Juliet escrevia cartas para sua mãe, mesmo depois que ela partiu continuou a escrever e deixá-las em seu túmulo. E ela vivia por esse hábito, se alimentando do refúgio que escrever para ela lhe dava. Até que alguém encontra sua carta, lê e a responde.
Declan
Murphy é um rebelde, um estudante perigoso que as pessoas no geral não prestam
atenção até que ele faça algo de errado. E é isso que esperam dele: que se
envolva numa situação absurdamente ilegal. Mas apesar da aparência durona, ele
é um cara que se sente sozinho, perdido. No cemitério, onde cumpre pena
prestando serviço comunitário, ele encontra uma carta tão triste quanto seu
humor. Ele responde a carta, mas será mesmo que deveria?
"Eu pareço uma idiota. Seria melhor ficar aqui escrevendo cartas para a escuridão, esperando uma resposta. Eu nem te conheço, mas sinto que te entendo. Sinto que você me entende.
E é disso que eu mais gosto nessa história."
Primeiro eu gostaria de agradecer a Mika por ter feito a
indicação desse livro. Há quase dois anos não lia um YA – um bom livro nesse
gênero – talvez porque estivesse sem sorte ou coisa parecida. Não encontrava um
romance tão bom há muito tempo e essa obra foi uma grata surpresa. Confesso que
o número de páginas me deixou assustada para um YA, mas quando já estava quase
acabando eu estava triste porque queria mais. Ainda bem que vai ter um segundo
livro ainda que não seja sobre os mesmos protagonistas, mas no mesmo universo.
O livro
é viciante e a narração é carregada de esmero e força, na verdade faz o leitor
ficar vidrado sem querer largar. Experimentei novamente deixar de fazer um
monte de coisas para ler só mais um pouquinho, mais um capítulo e assim vai. A
obra é narrada por duas pessoas completamente diferentes que não sei encaixam
por fora, mas que comungam e se entendem através do interior. E isso é o mais
interesse. A aparência não deve importar, pelo menos não deveria. Mas o mundo
busca as cores.
"Será que uma foto é mesmo capaz de contar uma história inteira?"
Juliet
Young é uma aspirante a fotógrafa que aprendeu desde cedo como manejar bem uma
câmera devido a influência de sua mãe, Rebecca Thorne, talvez para ficar
mais perto de algo que ela fazia, porque sentia falta dela, uma vez que viajava
constantemente, deixando a menina em casa. Por isso que perder o seu pilar foi
um baque muito forte. O crescimento da Juliet ao longo do livro é muito
visível, principalmente no que concerne não julgar as pessoas e apenas
conhecê-las primeiro.
Declan
quase morreu. Ele decidiu largar tudo após a prisão de seu pai e por causa da
morte de sua irmã ele se sente culpado, caminhando pela linha tênue do perigo,
enlutado, aprisionado em sua dor e raiva violenta. Mas apesar disso ele é uma
boa pessoa, inteligente e prestativa.
Ele só precisa de uma chance, precisa que sua família verdadeiramente o
enxergue como parte dela.
E o que
falar dos coadjuvantes que exercem uma função de suma importância na estória?
Graças a Deus a autora vai escrever um livro sobre o Red. Eu precisava demais
conhecer e me aprofundar em sua estória. É importante demais para ser deixada
de lado. Eu nunca amei tanto personagem como nesse livro. Até mesmo o coveiro e a sua filha me conquistaram.
Considero
que esse livro é importante, muito importante. E não o amo por causa do romance
e de como as coisas acontecem de maneira sincera, maravilhosa e tocante. Amei
toda a estória e o que a autora criou, porque o livro é muito importante e me
dar conta disso durante a leitura foi gratificante. Aos perdidos, com amor não
é uma mera história de amor entre dois jovens que se conhecem ao acaso. É sobre
vivência, luto e o mais importante: aparência. A maneira como a protagonista
julga um cara apenas porque é taciturno e tem um passado no mínimo duvidoso, e
em consequência, toda a escola também o faz, é triste e ao mesmo tempo
verdadeiro. Em alguns momentos da leitura eu queria, na verdade, urgia para que
as pessoas olhassem de verdade uns para as outras em vez de tirar conclusões
pelo que um e outro falavam ou deixavam de dizer.
O
julgamento por aparência nesse livro é forte e dá um banho de água fria no
leitor, não sei se com a intenção de conscientizar silenciosamente, mas a
verdade é que essa é uma situação marcante e necessária para que o leitor
compreenda o perigo de formar um conceito pré-concebido em vez de realmente
conhecer as pessoas.
"Sob as pancadas do acaso, minha cabeça sangra, mas permanece erguida"
Algo
que me deixou muito feliz: não há instalove no livro. O romance entre os
protagonistas não é rápido, é surpreendente, complicado e difícil. E eu adorei
esse toque de realidade. Gosto de estórias tristes sobre luto e formas de se
reerguer. A autora guia magistralmente o leitor através das páginas para
conhecer os dois lados da moeda. Em alguns momentos eu quis chorar porque
conseguia sentir a impotência de Declan, todos os seus medos e a sua fúria.
Uma
coisa interessante também é que o livro não é baseado apenas em cartas, mas
também explora o meio virtual que facilita as comunicações. Não acho que essa resenha faça jus a grandiosidade desse
livro e como ele mexeu comigo. Mas eu não podia deixar de enaltecer essa obra e
nomeá-la como sendo grande e importante.
Sinto
saudade, uma saudade pura e insensata que me faz querer abraçar e falar desse
livro para sempre.
Nota: 4,5/ 5 - FavoritoPor hoje é só, folks...
XO XO
Oi, Alana!
ResponderExcluirQuando ele saiu lá fora, eu até queria ler mas desisti. Sei lá.. não estava na vibe na época. Mas se você gostou e favoritou, eu sei que vou curtir porque temos gostos bem parecidos.
Beijos
Balaio de Babados
Participe da Folia Literária 2018: cinco kits, cinco sortudos.
Oi, Alana. Eu li o livro e amei! Juro, confesso que senti muita raiva dos pais do Declan, mas você percebe o quanto a nossa opinião muda com o decorrer do livro né? me irritei um pouco com a Juliet porque ela colocava a mãe dela em um pedestal enorme, e cara, isso me tirava do sério, principalmente por causa do pai. Eu amei esse livro, é mais do que indicados a todos.
ResponderExcluirBeijos
http://www.suddenlythings.com
Oi Alana, tudo bem? Eu nem sou tão fã de YA assim, mas já li outras resenhas positivas e fiquei com vontade, acho que vou curtir os personagens.
ResponderExcluirBjs, Mi
O que tem na nossa estante
Oi Alana,
ResponderExcluirPela sinopse já fiquei curiosa com a história do livro e querendo saber o que acontece com os personagens, completando com a tua resenha ficou ainda mais interessante.
Obrigada pela indicação.
Beijos
http://espiraldelivros.blogspot.com/
Uma amiga leu esse livro e super me indicou e eu baixei pelo Kindle, agora quero mais ainda ler. Fiquei super animada!
ResponderExcluirBeijos
Próxima Primavera
Ainda não li, gostei da sua resenha e fiquei curiosa, já anotei a dica :D
ResponderExcluirhttps://submersa-em-palavras.blogspot.com.br/
Olá, Alana.
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro ainda. E apesar da sinopse ser interessante eu não leria ele se não tivesse visto sua resenha. Não é sempre que vejo resenhas suas realmente elogiosas e quando tem alguma tem que ser anotada para ler depois hehe.
Prefácio
Kkkk pois é, Sil. Sou extremamente difícil de agradar, mas esse livro é muito amor.
ExcluirOi Alana,
ResponderExcluirNão conhecia o livro, mas confesso que se fosse só pela capa não iria me interessar, mas como dizem para não julgar um livro pela capa, a história me ganhou rsrs.
Com certeza vou colocar na lista do Skoob.
Bjs e uma ótima noite!
Diário dos Livros
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